O Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon, através da Comissão de Educação, Cultural, Saúde, Bem-Estar Social e Ecologia, realizou audiência pública para prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde, com a presença da chefe da pasta, secretária Marciane Specht.
Embora a pauta principal tenha sido a prestação de contas do setor, relativas ao 3º quadrimestre de 2024, um dos assuntos mais debatidos durante a audiência pública foi a vacinação de crianças de seis meses a cinco anos de idade contra o COVID-19.
O tema foi trazido à discussão por membro da comunidade, que questionou requerimento de autoria da vereadora Tania Maion, aprovado pela maioria dos vereadores.
No documento, ela propõe que a administração municipal, através da Secretaria de Saúde e Procuradoria Geral, adote medidas necessárias para retirar a obrigatoriedade desta vacinação.
Conforme relatou Tania Maion no requerimento, muitos pais que optaram por não vacinar os filhos nesta idade contra o coronavírus , estão tendo dificuldades no momento da matrícula destes nas escolas da rede municipal.
“As escolas estão fazendo as matrículas.
O problema é que a ‘declaração de vacinação’ das crianças não é dada aos pais pela rede pública de saúde, se falta a do COVID-19.
Ao não apresentar a declaração de vacina, a escola dá prazo de 30 dias para os pais apresentarem o documento.
Isso não ocorrendo, automaticamente a escola comunica o fato ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público, o que vem acontecendo agora”, detalha a vereadora.
A secretária Marciane Specht indicou que a pasta não deve atender à solicitação e reafirmou que o Município vai cumprir o calendário oficial de vacinação, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde.
“Nós, como Secretaria de Saúde, não podemos escolher o que vamos cumprir ou não de normas, portarias e resoluções.
Senão, a administração municipal como um todo terá sérios problemas.
O vereador Welyngton Alves da Rosa, o Coronel Welyngton, esclareceu que a proposta de retirada de obrigatoriedade desta vacinação é apenas uma sugestão apresentada por Tania Maion.
“Não se trata de projeto de lei, mas apenas de requerimento, que será respondido pela Secretaria de Saúde”, disse o vereador.
O vereador Rafael Heinrich esclareceu que tratar sobre a obrigatoriedade ou não da vacinação não é de competência do governo municipal, mas do Ministério da Saúde.
Porém, ele acrescentou que faz sentido discutir o assunto, levando em consideração a baixa mortalidade por COVID-19 entre as crianças de seis meses a cinco anos de idade.
(Rádio Educadora/Com Inf. Assessoria)