Uma marca de solado registrada no chão da cena de um homicídio foi decisiva para apontar um suspeito no Interior do Paraná.
O vestígio, revelado pelo sangue da vítima, correspondia ao desenho da sola de uma marca de bota e mostra como cada detalhe pode ser decisivo na reconstrução da cena de um crime.
O caso ilustra exatamente o que os peritos analisam em uma ocorrência: manchas de sangue, impressões de calçados, marcas de objetos e outros vestígios são cuidadosamente examinados para ajudar a reconstruir os fatos e estabelecer vínculos entre suspeitos e cenas investigadas.
No caso da pegada encontrada, por exemplo, a marca no sangue não apenas indicou o modelo do calçado, mas também permitiu relacionar o vestígio ao suspeito.
Para chegar à conclusão, os peritos avaliam a pegada considerando forma, profundidade, orientação, dimensão e detalhes da sola, como logomarcas, que, no caso, estava em evidência.
Além disso, também é feita uma consulta em catálogo de modelos da marca para confirmar a compatibilidade.
Todo o contexto é levado em conta, junto a laudos necroscópicos, exames laboratoriais, imagens, depoimentos e demais elementos investigativos da Polícia Civil.
O episódio ainda exemplifica um princípio fundamental na criminalística: todo contato deixa uma marca.
No caso, o suspeito deixou no local uma impressão única do solado de sua bota, visível pelo sangue da vítima, que permitiu relacioná-lo diretamente à ocorrência. Ao mesmo tempo, ele carregou consigo vestígios da cena, como sangue, que poderão ser analisados em laboratório para confirmar vínculos e complementar a investigação.
Rádio Educadora com inf. AEN