A Justiça Militar do Paraná decidiu manter as medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, contra dois policiais militares acusados de envolvimento em um esquema de corrupção ligado ao tráfico de drogas.
Os agentes, que atuavam em Toledo, são investigados pelo Ministério Público por receberem vantagens indevidas para facilitar a atuação de uma facção criminosa na região.
De acordo com o GAECO, os PMs teriam recebido cerca de R$ 600 mil para não apreender uma grande quantidade de drogas.
Os repasses teriam sido feitos por um dos chefes da organização criminosa por meio de veículos, dinheiro em espécie, transferências via PIX, pagamentos de boletos e até materiais de construção.
Um dos acusados teria recebido um Fiat Toro, enquanto o outro teria sido beneficiado com um Mercedes-Benz GLA e materiais para reforma em sua casa.
Além disso, transações bancárias confirmaram repasses de mais de R$ 150 mil para um dos militares.
A Justiça já havia substituído a prisão preventiva por medidas como: recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, proibição de usar fardas e armas, suspensão de acesso aos sistemas da polícia militar, comparecimento mensal em juízo, proibição de sair da comarca sem autorização e uso de tornozeleira eletrônica.
Mesmo com pedidos da defesa para retirar a tornozeleira, alegando bom comportamento e ausência de risco ao processo, a juíza responsável entendeu que ainda há necessidade de manter o controle.
A magistrada destacou que a gravidade dos fatos e a atuação contrária ao dever funcional justificam a continuidade das medidas.
Segundo a decisão, o processo já está na fase de alegações finais, mas o monitoramento segue necessário para garantir o bom andamento da ação penal.
Rádio Educadora/CGN